O chefe do poder executivo, Jair Bolsonaro (PL) retornou ao Palácio do Planalto nesta última quarta-feira, 23, após mais de duas semanas de reclusão no Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe do Planalto. Bolsonaro esteve no Palácio do Planalto no último dia 3 de novembro, para um encontro com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).
Antes disso, o presidente havia ido ao local de trabalho para uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no último dia 31 de outubro. A ausência acontece após o presidente perder as eleições contra o petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito no segundo turno das eleições presidenciais no último dia 30 de outubro. Desde então, Bolsonaro preferiu o silêncio e fez apenas dois pronunciamentos depois da vitória de Lula
Como todos sabem, a não reeleição provocou uma série de manifestações de punho golpista realizada por apoiadores do presidente em todo o Brasil. Em Fortaleza, inclusive, manifestantes ainda se concentram em frente ao Comando da 10ª Região Militar, em Fortaleza.
O candidato à vice-Presidência na chapa de Bolsonaro, Walter Braga Netto (PL), e o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), no entanto, alegam que a reclusão de Bolsonaro é muito em função ao diagnóstico de erisipela, uma infecção na perna. A debilidade tem impedido Bolsonaro de realizar alguns compromissos oficiais.
A volta do presidente ocorre um dia após o PL apresentar uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para solicitar a anulação dos votos de parte das urnas nas eleições.
O partido ainda defendeu ter identificado “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento” em cinco modelos urnas. Por outro lado, o TSE nega qualquer irregularidade e presidente da Corte, Alexandre de Moraes, deu 24 horas para que o PL inclua no pedido os dois turnos das eleições.