O Apresentador Fausto Silva, que tem estado sob internação desde o início de agosto devido a insuficiência cardíaca, registrou um agravamento em seu estado de saúde e foi recomendado para passar por um transplante cardíaco, conforme anunciado pelo Hospital Israelita Albert Einstein.
De acordo com a instituição hospitalar, Faustão foi inserido na lista única de espera para transplantes, a qual é regulada pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. Nessa lista, a gravidade do caso, o tipo sanguíneo e o tempo de espera são considerados para determinar a ordem de prioridade do procedimento.
Desde sua saída oficial da Band em junho, Faustão tem estado ausente da televisão. A emissora planeja exibir nas próximas semanas um episódio inédito do programa “Faustão na Band”, com a participação de toda a família Silva, incluindo seus filhos Lara, Rodrigo e João Guilherme.
Insuficiência cardíaca é uma condição em que o coração não consegue atender às demandas necessárias, principalmente no que diz respeito ao bombeamento adequado do sangue. O cardiologista Estêvão Lanna Figueiredo, assessor de pesquisa da Sociedade Mineira de Cardiologia e especialista em insuficiência cardíaca, destaca que essa condição pode ser categorizada em duas formas: sistólica e diastólica.
A primeira ocorre quando o coração não consegue contrair eficientemente, enquanto a segunda se refere à incapacidade de relaxamento adequado do coração, resultando em uma distribuição insuficiente do sangue pelo corpo.
Entre as causas da insuficiência cardíaca sistólica, o cardiologista menciona o infarto, o infarto não tratado de forma adequada, hipertensão arterial (pressão alta), doença de Chagas e miocardites (inflamações no coração desencadeadas por vírus, como o Covid-19, ou toxinas, como álcool e cocaína).
Os sintomas comuns da doença incluem cansaço desproporcional, falta de ar mesmo em repouso, tosse noturna, inchaço nas pernas, ganho excessivo de peso e retenção de líquidos.
Figueiredo compara a insuficiência cardíaca a um câncer no coração, destacando sua alta taxa de mortalidade. Enquanto todos os tipos de câncer somam cerca de 150 mil mortes por ano, a insuficiência cardíaca leva a óbito aproximadamente 350 mil pessoas anualmente no Brasil.
A doença requer múltiplas hospitalizações e, geralmente, cada internação resulta em um agravamento do quadro clínico.