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Faustão tem prioridade: saiba porque ele pode passar na frente da fila de transplante e como funciona a espera por um órgão

O apresentador Fausto Silva, mais conhecido como Faustão, detém a prioridade na fila de espera por um novo coração em seu aguardado transplante, segundo profissional da área.

De acordo com a Dra. Silvia Ayub Ferreira, coordenadora do Programa de Transplante Cardíaco do Hospital Sírio-Libanês, pacientes que estão hospitalizados e em tratamento, como é o caso dele, são categorizados como prioritários nesse processo.

“Quando o paciente está internado necessitando de uma medicação inotrópica, para ajudar na contração do coração, ou de algum dispositivo de assistência circulatória, ele passa na frente de pacientes que estão em casa. Ele recebe uma priorização”, afirma a médica.

O apresentador encontra-se hospitalizado no Hospital Israelita Albert Einstein, localizado em São Paulo, desde o dia 5 de agosto, para receber cuidados médicos relacionados a uma condição de insuficiência cardíaca.

Além disso, diversos outros elementos desempenham um papel crucial na definição da posição das pessoas na lista de espera. Em uma entrevista com a Dra. Silvia Ayub Ferreira, representante do Hospital Sírio-Libanês, e a coordenadora geral do Sistema Nacional de Transplantes, Daniela Salomão, buscou esclarecer o funcionamento detalhado dessa lista.

Diversos parâmetros técnicos são cuidadosamente avaliados para determinar a elegibilidade de um indivíduo para receber um órgão. Daniela esclarece que aspectos como o grupo sanguíneo, a compatibilidade genética e até mesmo as dimensões da caixa torácica do receptor desempenham um papel significativo na alocação de cada coração doado.

Existem três circunstâncias que podem acelerar a progressão de um paciente na lista de espera em São Paulo, conforme detalhado por Silvia.

A primeira situação ocorre quando um indivíduo passa por um transplante, mas, por alguma razão, o novo órgão não funciona adequadamente. A médica destaca que esses casos são extraordinariamente raros e recebem a máxima prioridade.
O segundo nível de priorização se aplica aos pacientes que estão sob medicação para fortalecer a função cardíaca há mais de seis meses. Neste grupo também se incluem aqueles que dependem de dispositivos mecânicos para auxiliar a circulação do coração.
Por fim, o terceiro nível de prioridade, que é o caso de Faustão, abrange os indivíduos que estão hospitalizados e têm menos de seis meses de tratamento com medicação.

O processo de determinação é conduzido por um sistema computacional que armazena as informações de todos os pacientes aguardando pelo órgão. Nessa lista estão registrados tanto os pacientes que recebem atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como aqueles que são assistidos pela rede de saúde privada. “É tudo feito dentro do sistema”, afirma Daniela.

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